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justiça brasileira interrompe operações de x no brasil, presidente lula: musk deveria respeitar a decisão do supremo tribunal federal

2024-08-31

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[texto/rede de observadores ruan jiaqi]

musk, proprietário da plataforma de mídia social x, que tem 40 milhões de usuários, foi convidado a encerrar completamente.

segundo reportagens da reuters, da associated press e outras do dia 30, no dia 30, horário local, as três principais operadoras de telecomunicações do brasil declararam que bloqueariam oficialmente o acesso ao x a partir das 3h do dia 31. a agência reguladora de telecomunicações do brasil, anatel, também disse que estava trabalhando para fazer cumprir a proibição, mas não especificou um cronograma. a reuters citou a mídia local dizendo que ainda no dia 30, alguns brasileiros postaram em outras plataformas que seu acesso ao x havia sido bloqueado.

o presidente brasileiro lula disse no dia 30, quando foi convidado de um programa de rádio local na cidade de joão pessoa, no nordeste do brasil, que musk deveria respeitar a decisão do supremo tribunal federal e não deveria ofender as autoridades brasileiras. “todo cidadão de qualquer lugar do mundo que investe no brasil está sujeito à legislação brasileira.”

ele também adicionou em seu pessoal

há dois dias (noite do dia 28), o supremo tribunal federal anunciou o último despacho assinado pelo ministro do supremo tribunal federal alexandre de moraes em seu site oficial e conta oficial nas redes sociais, exigindo que a plataforma x nomeie um novo representante legal ou então o x's os serviços no brasil serão suspensos até que cumpra a ordem.

quando chegou o momento final, na noite desta quinta-feira (29), a plataforma x anunciou por meio da equipe de assuntos governamentais globais que não havia cumprido a ordem e aguardava o encerramento da contagem regressiva no brasil. a embaixada dos eua no brasil disse que estava monitorando o conflito.

a escalada do conflito entre musk e o juiz da suprema corte brasileira, de morais, começou no início deste ano, quando x se recusou a atender ao pedido de de morais para banir contas que divulgassem informações falsas. musk questionou isso na época, dizendo que x iria suspender restrições “inconstitucionais”, como o bloqueio de contas, e pediu a renúncia de de morais.

desde abril, de morais ordenou uma investigação sobre musk e todas as suas empresas x por suspeita de disseminação de notícias falsas difamatórias, obstrução da justiça, incitação e crime organizado. num processo judicial, demorais disse que musk “lançou uma campanha de notícias falsas” e que x estava a abusar do seu poder económico para “influenciar ilegalmente a opinião pública”.

a disputa entre as duas partes durou até meados de agosto. a equipe de assuntos governamentais globais de x afirmou em comunicado no dia 17 que, como demorais havia ameaçado recentemente prender o representante legal de x no brasil, para proteger os funcionários, eles decidiram fechar a empresa. nos escritórios do brasil, mas x ainda prestará serviços aos usuários brasileiros normalmente.

no dia 28 de agosto, horário local, de moraes emitiu um “ultimato” a x, exigindo que x nomeasse um novo representante legal para a plataforma no brasil dentro de 24 horas, caso contrário os serviços da plataforma no brasil seriam suspensos.

de acordo com a assessoria de imprensa do supremo tribunal federal, a ordem de de morais baseia-se na legislação brasileira, que exige que as empresas estrangeiras que operam no país tenham representação legal para que possam ser notificadas quando o tribunal tomar decisões relevantes e tomar as medidas necessárias. .

de morais criticou a ordem: “elon musk tem uma total falta de respeito pela soberania do brasil, especialmente pelas suas instituições judiciais. ele se estabeleceu como uma entidade verdadeiramente supranacional, não sujeita às leis de vários países”.

em seu último pedido, ele também deu aos provedores de serviços de internet um prazo de cinco dias para bloquear o acesso dos usuários ao x. a associated press acrescentou que a anatel, reguladora brasileira de telecomunicações, precisa responder dentro de 24 horas. o presidente da agência disse à mídia brasileira que os maiores provedores de serviços do brasil responderão rapidamente e os provedores de serviços menores poderão precisar de mais tempo para suspender os serviços de x.

musk criticou demorais no x, chamando-o de “um falso juiz não eleito que mina a liberdade de expressão”. de moraes também não se intimidou, respondendo num evento na sexta-feira, dizendo: “aqueles que violam a democracia e violam os direitos humanos básicos, quer o façam pessoalmente ou através das redes sociais, devem ser responsabilizados”.

o prazo restante para x executar a ordem é às 20h07, horário local, do dia 29 (7h07, horário de pequim, do dia 30). porém, x não cumpriu e afirmou que estava aguardando o prazo chegar antes de ser fechado no brasil.

de acordo com uma reportagem abrangente do new york times, durante a disputa sobre x, o supremo tribunal federal também congelou a conta bancária local da starlink. segundo relatos, a medida foi “rara” e foi uma tentativa de de morais de cobrar a multa de us$ 3 milhões que impôs a x. ele disse na decisão que ordenou o congelamento dos ativos da starlink porque não havia dinheiro suficiente na conta de x para pagar as multas crescentes e as duas empresas pertencem ao mesmo grupo econômico.

starlink tem mais de 215 mil linhas ativas no brasil e mais de 250 mil usuários. na manhã de sexta-feira, a starlink recorreu da decisão do supremo tribunal federal de suspender o congelamento de suas contas bancárias locais, dizendo que cumpriu todas as ordens judiciais. no entanto, o recurso foi rejeitado por outro juiz naquela noite.

musk ficou furioso, chamando demorais de “o pior criminoso disfarçado de juiz” no x. posteriormente, ele postou que a starlink continuará a fornecer serviços gratuitos de internet ao povo brasileiro (incluindo militares) até que o assunto seja resolvido. "(embora) não possamos receber o pagamento, não queremos cortar o acesso de ninguém."

segundo a associated press, o fechamento das redes sociais estrangeiras não é inédito no brasil. em 2015 e 2016, os juízes brasileiros fecharam repetidamente o whatsapp, o aplicativo de mensagens mais usado no país, depois que a meta resistiu aos pedidos policiais de dados dos usuários. em 2022, o telegram foi acusado de ignorar repetidamente pedidos de autoridades brasileiras para bloquear dados pessoais e fornecer informações, e também recebeu avisos de fechamento. por fim, conseguiu continuar as operações normais no brasil após cumprir as regulamentações pertinentes.

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